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DÊ O PLAY
Amor, Fidelidade e Companheirismo
A Ciência e a Arte de Relacionamentos Duradouros
Por António Cunha
Publicado em 09/09/2025 02:00
Opinião

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso", escreveu Vinícius de Moraes. A poesia continua atual, mas psicólogos e cientistas afirmam: mais do que paixão, é a soma de fidelidade, confiança e companheirismo que sustenta um relacionamento duradouro.


De onde vem a monogamia?

A origem das relações monogâmicas está ligada à sobrevivência dos primeiros humanos. Com filhos altamente dependentes e vulneráveis, a cooperação entre os progenitores passou a ser decisiva para a evolução da espécie.

Infográfico textual:

  • Filhos humanos: cérebro grande, longo tempo de dependência.

  • ‍‍ Monogamia: pais investem juntos nos cuidados.

  • Resultado: maior proteção, sobrevivência e estabilidade social.

Pesquisas publicadas no PNAS confirmam que sociedades monogâmicas apresentaram menos violência masculina e maior coesão social.


Do fogo da paixão à rotina

Todos os casais atravessam fases que misturam paixão, crises e redescobertas. Reconhecê-las ajuda a compreender que mudanças são parte natural do processo.

Quadro comparativo

Fase Características Estratégia sugerida
1. Paixão intensa Entrega total, desejo de agradar Aproveitar o momento e criar memórias positivas
2. Fim da lua de mel Decepções e expectativas frustradas Praticar a escuta ativa e alinhar expectativas
3. Vingança Ressentimento e disputas de poder Evitar represálias; buscar diálogo terapêutico
4. Segurando as pontas Foco em filhos, casa e carreira Valorizar projetos comuns e dividir responsabilidades
5. Independência Reconhecimento das limitações do outro Estimular hobbies individuais e apoio mútuo
6. Desenvolvimento pessoal Aceitação, autossuficiência, cumplicidade madura Redescobrir o parceiro com gratidão e leveza

Gratidão: o antídoto contra a rotina

Com o tempo, a habituação faz com que deixemos de valorizar os gestos do dia a dia. A solução pode estar em algo simples: dizer obrigado.

Um estudo da Universidade da Geórgia mostrou que casais que praticam gratidão relatam mais satisfação e têm menor risco de separação.

Dica prática: todos os dias, nomeie em voz alta um motivo de gratidão pelo seu parceiro.


O amor na maturidade

Passados os 50 anos, os relacionamentos ganham novos contornos. A busca não é mais pela conquista, mas por companheirismo e humor.

  • Celso Braga, psicólogo: nesta fase, a cumplicidade importa mais do que a atração física.

  • Rute Velasquez, neuropsicóloga: com filhos adultos, sobra espaço para vínculos mais leves e autênticos.

  • Yuri Busin, psicólogo: novas relações são marcadas por amizade, parceria e maturidade.

Pesquisa de Harvard (estudo de mais de 80 anos): relações positivas são o maior preditor de felicidade e longevidade, acima de dinheiro ou status.


Caixa de dicas: Pequenos gestos, grandes impactos

❤️ Expresse gratidão todos os dias.
Crie rituais de tempo juntos — como caminhar após o jantar.
Converse com honestidade, mesmo sobre assuntos difíceis.
Riam juntos: o humor é um forte marcador de intimidade.
Definam projetos em comum, mas respeitem a individualidade.


O amor como construção

Não existe fórmula única. Cada casal vive ciclos próprios, atravessa crises e reinventa sua história. Mas a ciência é clara: fidelidade e companheirismo são combustíveis para transformar relações em espaços de confiança, acolhimento e felicidade compartilhada.

 

No fim, amar é menos sobre sentir e mais sobre construir todos os dias.

 

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